09.09.2013
Boa tarde a todos os presentes, aos ouvintes da
Rádio Nova 99, ao Presidente e Vereadores.
Já há bastante tempo quero tratar com a
comunidade sobre um assunto importante. As manifestações que ocorreram no
Brasil inteiro e também em Santiago, levantaram a questão. No entanto,
aguardando os resultados do clamor popular, deixei de tratar aqui sobre a importância
do controle social da mídia, que
deve ser discutido nas esferas legais, mas especialmente pela comunidade.
NÃO é possível que a sociedade em geral, fique
refém de notícias e informações massificadas e acríticas, em que fatos são
criados, o contraditório é suprimido e ainda é usada a distorção da informação
para induzir e direcionar a favor do “melhor” entendimento, o pensamento do
público que recebe a notícia.
E daí pergunto Senhores, porque ninguém se
contrapõe a esta realidade ? A resposta é simples, há um comodismo e medo. Medo
de quê? Provavelmente medo do papel opressor que a mídia assumiu na vida das
pessoas, as quais acabam por se sentirem ameaçadas, sujeitas a represálias, temem
ser ridicularizadas, apontadas como falhas, expostas a avaliações induzidas,
enfim, medo que a “arma jornalismo” sem respeito e comprometimento ético
social, seja apontada para quem ousar lhe criticar.
Esclareço que não se trata de querer calar a
imprensa, censurar a imprensa, ou acabar com o direito à liberdade de expressão.
Muito ao contrário, sem liberdade de expressão não existe democracia. Tão pouco me preocupa a crítica, ela também
é necessária na democracia. No entanto, vou lutar e estimular a
comunidade a exigir uma mídia que não seja exercida em detrimento dos demais
direitos humanos, uma mídia que exponha os fatos como verdadeiramente são, sem
direcionamentos, uma mídia que ofereça sempre o direito de resposta, por uma
mídia que esteja a serviço do povo, com igualdade de critérios independente de
patrocínios, uma mídia que não se confunda com empresa. Não dá para confundir : Liberdade de imprensa, não é a mesma coisa
que liberdade de empresa.
Não estou a falar de forma oculta, tão pouco
minha intenção é mandar recados, a idéia é tratar do assunto sem pudores. Exemplifico um fato claro de indução na
informação. Já não é a 1ª vez que o Jornal Expresso, ou mesmo o Blog da
Empresa, dá informações referente às minhas abordagens e discussões nesta casa,
distorcendo o sentido do que foi dito por mim, e pior, pinçado minhas
colocações conforme lhes interessa. Isso Senhores, todos sabem, não ocorre
somente comigo!
Na edição 1.088, de 06.09.13, pg. 57, o Jornal,
sob o título: Iara só Elogios, através de uma distante realidade, entre a
informação e o sentido da minha manifestação na tribuna do dia 02.09.13,
claramente buscou induzir a opinião pública ao seu entendimento e aos seus
indefinidos interesses. Pergunto: Isso é
sério? Isso é justo? Isso é informação? Isso é Jornalismo?
A represália virá, não tenho dúvidas. O jornal
há de querer demarcar território, demonstrar poder e tentar pelas vias
inconfundíveis da sutileza, intimidar.
Não estou sozinha, são muitos os descontentes,
os indignados, os que desejam mudança, postura e confiabilidade da mídia. Assim,
que venha o que tiver que vir. Estou Vereadora justamente para o embate contra
as estruturas conservadoras e comprometidas da sociedade Santiaguense.
O trabalho do jornalista é fundamental para
preservar o direito dos cidadãos e cidadãs à informação. No entanto, há que
cuidar aqueles que usam a informação como um produto, um negócio. Alguns deles
chamam a atenção pelo despreparo, ou desinteresse em relação aos grandes temas.
Falta também a consciência crítica do papel social do jornalista, sem uma alternativa
coletiva, mas apenas uma perspectiva muito individual.
Meu respeito e apoio a mídia com comprometimento
ético social que também temos em nossa cidade.
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BAIRROS
Mais uma vez quero dizer à comunidade de
Santiago sobre a importância das pessoas serem capazes de buscar seus direitos,
interagir na cidade em que vivem, cobrar melhorias, cobrar informações, cobrar
atendimento qualificado do setor público.
Volto a dizer que juntamente com minha
assessoria tenho ido aos Bairros da nossa cidade, para conversar, discutir
questões, responder perguntas, buscar soluções, ajudar a construir uma identidade cidadã.
Peço aos moradores de cada Bairro que fiquem
atentos às visitas que anuncio na rádio. Quero salientar, que as Associações
dos Bairros devem ser usadas principalmente, para proporcionar aos moradores do
local um espaço de discussão, e reflexão com o objetivo das pessoas conhecerem
e identificarem os problemas que envolvem a vida do bairro. ESTAR INFORMADOS NOS TORNA CONSCIENTES para cada vez mais
buscarmos melhorar as condições de vida da população como um todo. ESTAR INFORMADOS NOS TORNA FORTES e
menos suscetível de sermos ludibriados.
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