terça-feira, 10 de setembro de 2013

Discurso da Vereadora Iara Castiel (09-09-2013)

09.09.2013


Boa tarde a todos os presentes, aos ouvintes da Rádio Nova 99, ao Presidente e Vereadores.
Já há bastante tempo quero tratar com a comunidade sobre um assunto importante. As manifestações que ocorreram no Brasil inteiro e também em Santiago, levantaram a questão. No entanto, aguardando os resultados do clamor popular, deixei de tratar aqui sobre a importância do controle social da mídia, que deve ser discutido nas esferas legais, mas especialmente pela comunidade.
NÃO é possível que a sociedade em geral, fique refém de notícias e informações massificadas e acríticas, em que fatos são criados, o contraditório é suprimido e ainda é usada a distorção da informação para induzir e direcionar a favor do “melhor” entendimento, o pensamento do público que recebe a notícia.
E daí pergunto Senhores, porque ninguém se contrapõe a esta realidade ? A resposta é simples, há um comodismo e medo. Medo de quê? Provavelmente medo do papel opressor que a mídia assumiu na vida das pessoas, as quais acabam por se sentirem ameaçadas, sujeitas a represálias, temem ser ridicularizadas, apontadas como falhas, expostas a avaliações induzidas, enfim, medo que a “arma jornalismo” sem respeito e comprometimento ético social, seja apontada para quem ousar lhe criticar.
Esclareço que não se trata de querer calar a imprensa, censurar a imprensa, ou acabar com o direito à liberdade de expressão. Muito ao contrário, sem liberdade de expressão não existe democracia. Tão pouco me preocupa a crítica, ela também é necessária na democracia. No entanto, vou lutar e estimular a comunidade a exigir uma mídia que não seja exercida em detrimento dos demais direitos humanos, uma mídia que exponha os fatos como verdadeiramente são, sem direcionamentos, uma mídia que ofereça sempre o direito de resposta, por uma mídia que esteja a serviço do povo, com igualdade de critérios independente de patrocínios, uma mídia que não se confunda com empresa. Não dá para confundir : Liberdade de imprensa, não é a mesma coisa que liberdade de empresa.
Não estou a falar de forma oculta, tão pouco minha intenção é mandar recados, a idéia é tratar do assunto sem pudores. Exemplifico um fato claro de indução na informação. Já não é a 1ª vez que o Jornal Expresso, ou mesmo o Blog da Empresa, dá informações referente às minhas abordagens e discussões nesta casa, distorcendo o sentido do que foi dito por mim, e pior, pinçado minhas colocações conforme lhes interessa. Isso Senhores, todos sabem, não ocorre somente comigo!
Na edição 1.088, de 06.09.13, pg. 57, o Jornal, sob o título: Iara só Elogios, através de uma distante realidade, entre a informação e o sentido da minha manifestação na tribuna do dia 02.09.13, claramente buscou induzir a opinião pública ao seu entendimento e aos seus indefinidos interesses. Pergunto: Isso é sério? Isso é justo? Isso é informação? Isso é Jornalismo?
A represália virá, não tenho dúvidas. O jornal há de querer demarcar território, demonstrar poder e tentar pelas vias inconfundíveis da sutileza, intimidar.
Não estou sozinha, são muitos os descontentes, os indignados, os que desejam mudança, postura e confiabilidade da mídia. Assim, que venha o que tiver que vir. Estou Vereadora justamente para o embate contra as estruturas conservadoras e comprometidas da sociedade Santiaguense.
O trabalho do jornalista é fundamental para preservar o direito dos cidadãos e cidadãs à informação. No entanto, há que cuidar aqueles que usam a informação como um produto, um negócio. Alguns deles chamam a atenção pelo despreparo, ou desinteresse em relação aos grandes temas. Falta também a consciência crítica do papel social do jornalista, sem uma alternativa coletiva, mas apenas uma perspectiva muito individual.
Meu respeito e apoio a mídia com comprometimento ético social que também temos em nossa cidade.
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BAIRROS




Mais uma vez quero dizer à comunidade de Santiago sobre a importância das pessoas serem capazes de buscar seus direitos, interagir na cidade em que vivem, cobrar melhorias, cobrar informações, cobrar atendimento qualificado do setor público.
Volto a dizer que juntamente com minha assessoria tenho ido aos Bairros da nossa cidade, para conversar, discutir questões, responder perguntas, buscar soluções, ajudar a construir uma identidade cidadã.

Peço aos moradores de cada Bairro que fiquem atentos às visitas que anuncio na rádio. Quero salientar, que as Associações dos Bairros devem ser usadas principalmente, para proporcionar aos moradores do local um espaço de discussão, e reflexão com o objetivo das pessoas conhecerem e identificarem os problemas que envolvem a vida do bairro. ESTAR INFORMADOS NOS TORNA CONSCIENTES para cada vez mais buscarmos melhorar as condições de vida da população como um todo. ESTAR INFORMADOS NOS TORNA FORTES e menos suscetível de sermos ludibriados. 

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